ENSINO DE PRÉ-HISTÓRIA ATRAVÉS DE MAQUETES
O Laboratório de Arqueologia, Sociedades e Culturas das Américas- LASCA,
foi oficialmente criado em outubro de 2019. Para sua inauguração, apresentamos
uma exposição a Trajetória da Arqueologia no Estado do Rio Grande do Sul. Um
dos elementos didáticos utilizados na exposição são as maquetes que representam
modelos em escala sobre as antigas sociedades que habitaram o território que
hoje é o estado mais meridional do país. Para a exposição, foram utilizadas
cinco maquetes, com o intuito de demonstrar a diversidade dos povos do passado,
sua cultura material e alguns hábitos e costumes que foram possíveis de serem
encenados.
A aplicação das maquetes na área da educação é bastante promissora
para construção e o desenvolvimento do processo do conhecimento, pois tornam
mais dinâmicas as relações entre corpo discente e corpo docente, envolvendo um
grande número de pessoas no âmbito escolar. Evidentemente, esses instrumentos
lúdicos não abrangem toda a complexidade que envolve o processo educativo, mas
podem contribuir para melhorar e facilitar a aprendizagem, trazendo o ensino
para um ramo ou uma área onde o educando já tem familiaridade (WESTON; WESTON,
2000).
Na construção do conhecimento, as maquetes proporcionam a
visualização concreta das representações dos acontecimentos históricos,
tipologias arquitetônicas, acidentes geográficos, fenômenos climáticos e
ambientais, entre outros. O recurso audiovisual é algo que se por si só possui
uma carga de informações, permitindo às pessoas entender e contextualizar com
maior facilidade o que se está sendo tratado (SOARES et al., 2014). Também,
elas desempenham um papel importante enquanto instrumento de “representação do
espaço”, pois, ao reproduzir tridimensionalmente elementos que os desenhos
bidimensionais não são capazes de explicitar, tornam-se muito eficazes para a
compreensão das proporções e das diversas relações que ocorrem em determinado
local.
Assim, propõe-se a construção de materiais didáticos que
contribuam para o desenvolvimento crítico do educando, fazendo com que ele
participe e busque suas informações nas mais variadas fontes e tenha acesso a
diferentes linguagens relativas aos temas e assuntos trabalhados. (ROCKENBACH
et al. 2002).
Entende-se por maquete uma representação tridimensional real, em
escala exata ou aproximada (utilizando-se redução ou ampliação do objeto real),
com funções, objetivos, materiais, acabamentos e características variadas. Uma
maquete completa, em relação ao sítio, deve reproduzir o terreno, área ou
região onde está ou será inserido o projeto, levando-se em consideração que
esse local é formado por elementos como relevo, vegetação, áreas de circulação,
acessos, limites, etc. Em relação à arquitetura, devem reproduzir de forma
precisa todos os detalhes da edificação em questão, com a preocupação de
representar suas fachadas e cobertura (quando se limita a mostrar detalhes
externos) ou ainda os compartimentos e suas funções (quando, além do exterior,
mostra os detalhes internos). Ainda, para uma correta apresentação, há
preocupação com tratamento de superfícies, representação dos tipos de vegetação
e de pavimentação.
As maquetes são um recurso bastante conhecido em diversas
licenciaturas. Em se tratando das maquetes do LASCA, procuramos representar
situações ou estruturas que são conhecidas pelos arqueólogos ao tratar dos
povos que habitaram a região anteriormente aos europeus. Alguns elementos devem
ser colocados para a realização destas maquetes: 1º - procuramos recriar um
cotidiano baseado nas informações arqueológicas, históricas, etnográficas,
entre outras, de sociedades que se reproduziram de forma similar em uma “longa
duração” braudeliana; 2º - isto significa que as sociedades retratadas tem
duração de pelo menos, 2º - Em nenhuma maquete se buscou reproduzir um
sítio arqueológico específico, mas reunimos todas as informações sobre as
culturas representadas para uma melhor compreensão; 3º- Utilizamos uma escala
padronizada de 1:50 para podermos dar condições de comparação entre as
sociedades e seus distintos territórios (com exceção de uma que será explicada
mais tarde).
É de suma importância, para a confecção de uma maquete, a
utilização de uma escala apropriada, que é a relação de dimensões entre o
objeto real e o objeto representado, fazendo-se válida a utilização de
elementos que auxiliem na sua percepção, como calungas, automóveis e mobiliário
urbano. Os calungas (personagens que compõem a maquete) são usados para
humanizar esses projetos e ajudam ter uma ideia de proporções ou “escala
humana”. Assim, devido aos temas e a mobilidade no transporte das maquetes,
todas têm um suporte de 50 cm x 50 cm, e alturas variadas, conforme a
representação.
O uso de recursos visuais, como vídeos, fotos, filmes, entre
outros, tem sido fartamente utilizado para o ensino de História (e
pré-História). Utilizamos as maquetes como modelos hipotéticos em escala para,
a partir do apelo visual, questionar aos educandos, o que eles observam na
maquete. Como as mesmas são construções com um grande número de informações,
permitimos sempre que as colocações dos educandos venham antes das explicações,
oportunizando assim um diálogo entre a dúvida, que denuncia o espírito
investigativo, e o saber científico sistematizado de acordo com o público alvo
do momento de utilização da maquete. Como as maquetes geralmente são
acompanhadas de réplicas da cultura material de cada uma das sociedades
apresentadas, os educandos podem manipular as reproduções sem risco ao
patrimônio arqueológico. Em contrapartida, somente a cultura material sem uma
percepção espacial do sítio arqueológico, fica um tanto quanto limitada. Isso porque
quando mostramos a paisagem atual as sociedades não aparecem, e quando olhamos
reconstruções em desenhos a percepção espacial também fica prejudicada. Assim,
a maquete, que são construções sobre um suporte de feito de placa de esferovite
(isopor) em dimensões de 50 x 50 cm, tem alturas variantes de acordo com o
espaço retratado.
A construção das maquetes é realizada a partir de uma pesquisa
bibliográfica exaustiva, buscando elementos que possam ser visualizados e/ou
materializados em escala e 3 dimensões. Assim, as maquetes não possuem
pássaros, por questão de escala, mas animais de médio ou grande porte podem ser
representados na escala de 1:50. Da mesma forma, como as maquetes se tratam de
um “presente etnográfico” não podemos reproduzir rituais, por exemplo, mas sim
os enterramentos, quando temos estas informações. Os materiais utilizados são
desde sucatas, até materiais orgânicos (galhos de árvores) ou inorgânicos
(espuma de louça, vidro, massa de biscuit).
A primeira maquete construída para o ensino do período denominado
de Pré-História foi chamada “diferenças entre Arqueologia e Paleontologia”. A
cidade de Santa Maria fica na depressão central do estado do Rio Grande do Sul,
sobre um longo trecho sedimentar onde a ocorrência de fósseis de dinossauros
são comuns. O modelo mostra a distância temporal entre os dinossauros e os
primeiros humanos, bem como apresenta a paisagem na região há 120 milhões de
anos (M.A.). Esta maquete, que abre a exposição, busca falar de tempo histórico
e tempo profundo, a diversidade de animais na região durante o Cretáceo, o
surgimento da humanidade há 5 M.A. e o breve intervalo entre o surgimento da
Humanidade e a atualidade em comparação com a distância temporal entre
dinossauros e humanos. Tudo isso é representado por estratos de cores
diferentes que ocupam a maquete. No ‘piso inferior’ os dinossauros, muito acima
deles os primeiros hominídeos e no topo da maquete os dias atuais. Embora a
questão da linha do tempo para as crianças seja sempre assunto complexo, ao falar
de anos, décadas, séculos ou milênios, a abstração de falar em tempo profundo e
milhões de anos requer ainda mais cuidado para diminuir as dúvidas, e não as
ampliar. Assim, tratar do tempo é fundamental para explicar que paleontólogos
trabalham com dinossauros e arqueólogos pesquisam sociedades humanas, muito
distantes no tempo.
Maquete diferença entre Arqueologia e Paleontologia. Fonte: Laboratório de Arqueologia, Sociedades e Culturas das Américas -LASCA
A segunda maquete representa os caçadores coletores dos Cerritos,
grupo que habitava a pampa sul riograndense, assim como as planícies do
Uruguai. Estas pessoas erguiam montes de terra artificiais, em áreas alagadiças
ou não, e presume-se que utilizavam os montículos para enterrar seus mortos
mais importantes, as lideranças. Nesta maquete discutimos, em primeiro momento,
a classificação de ‘grupos caçadores’, como no livro “Sociedades Tribais”, de
Marshal Sahlins. O senso comum aponta para grupos nômades vivendo sem
organização politica, os bandos. Mas ao nos depararmos com estruturas
artificiais, de terra, utilizadas para o enterro de uma liderança, seriam estes
bandos tão desorganizados? Os Cerritos no estado possuem entre 1 metro e 3
metros de altura, sendo os mais altos com 7 metros de altura, no Uruguai. O
diâmetro poderia ser de 10 metros a 30 metros. Isso envolve milhares de metros
cúbicos de terra para a construção deste monte artificial. Estas e outras
questões são levantadas para sugerir a reflexão sobre as sociedades
tradicionais no passado. Então, quando falamos em sociedades caçadoras, damos a
ideia de sociedades tecnologicamente primitivas, ao passo que isso é um erro,
pois estes grupos já construíam estes lugares tão somente para servir de enterramento.
Embora as datações dos cerritos sejam entre 2.000 e 2.600 anos atrás,
muitos arqueólogos acreditam que estes povos são os antepassados dos índios
Charrua e Minuano, que habitavam esta região. Sua cultura material, de pontas
de flecha de pedra, eventualmente são complementadas com uma cerâmica decorada.
Outros artefatos como bolas de boleadeira e almofarizes compõe a cultura
material.
Maquete de um cerrito. Fonte: Laboratório de Arqueologia, Sociedades e Culturas das Américas -LASCA
A próxima maquete representa os povos litorâneos construtores de
Sambaquis. Os sambaquis são montes de conchas, restos de alimentação e solo,
que abrigavam sepultamentos ou mesmo local de moradia temporária. Espalhados
desde o litoral do Rio Grande do Sul até o Rio de Janeiro, os sambaquis
marinhos são os mais conhecidos, mas sabemos também de outros próximos aos
rios. Embora as datações remetam a quase 6.000 anos atrás, os mais recentes
poderiam ter sido abandonados há somente 500 anos. Vivendo de caça, da pesca e
da coleta de animais marinhos, estes grupos enterravam seus mortos nestes
montes de conchas, navegavam em canoas e caçavam até tubarões. Sua cultura
material compreendia trançados vegetais, inclusive redes, anzóis, uso de ossos
para artefatos, e a presença de zoólitos, esculturas em pedra em forma de
animais, peixes ou seres humanos. Presente nos enterramentos nos sambaquis, seu
uso ainda é uma incógnita. Também nos sambaquis encontramos arte rupestre, com
motivos geométricos, nos paredões de basalto de Santa Catarina, onde também
podemos encontrar oficinas líticas onde produziam artefatos polidos. Não há uma
explicação definitiva sobre por que razão construíam os sambaquis, mas uma
hipótese seria a demarcação do território por estes grupos.
Maquete de Sambaqui. Fonte: Laboratório de Arqueologia, Sociedades e Culturas das Américas -LASCA
Para falar dos povos horticultores, apresentamos a maquete de
Casas Subterrâneas, como são conhecidas as estruturas associadas a Tradição
Arqueológica Taquara. Presentes nas altitudes mais altas do sul do Brasil,
tratam-se de estruturas cavadas no solo, tendo a casa o seu assoalho rebaixado
e o telhado muito provavelmente na altura do solo. Além da adaptação ambiental
ao clima frio das florestas de Araucária, estes povos utilizavam ainda os
recursos de caça, pesca e a horticultura incipiente, inclusive com o plantio do
milho, entre outros. Os artefatos mais recorrentes são os talhadores em pedra,
mãos de pilão em basalto, almofarizes e a cerâmica conhecida pelos arqueólogos
como Tradição Taquara. Trata-se de uma cerâmica de proporções pequenas (as
poucas peças inteiras não ultrapassam 30 cm de altura e 20 cm no diâmetro de
boca) com tratamento de superfície decorado por incisões com unha, marcas de
pente, ou esteiras. As datas mais antigas giram ao redor de 2.500 anos atrás.
Por outro lado, também sabemos que as datas mais recentes são ao redor de 200
anos atrás, e os indígenas Kaingang reivindicam estas construções aos seus
antepassados. Neste sentido, é importante destacar a continuidade entre as
sociedades tradicionais do presente e do passado.
Maquete de Casa Subterrânea. Fonte: Laboratório de Arqueologia, Sociedades e Culturas das Américas –LASCA
As duas últimas maquetes tratam dos povos que a Arqueologia chama
de Tradição Guarani, associada aos grupos históricos que conhecemos como
Guaranis, com suas várias parcialidades, sua extensão territorial desde o
Paraguay até a Argentina, passando pelos estados de São Paulo, Paraná, Santa
Catarina, e também no Uruguai. Dado as dimensões das aldeias Guaranis e para
manter a fidelidade da escala, confeccionamos duas maquetes, uma em escala 1:50
e outra em 1:1000. A escala maior permitiu mostrar o manejo agroflorestal, a
aldeia em toda sua extensão, bem como a inserção desta sociedade no território.
O elemento mais diagnóstico da Arqueologia Guarani são as vasilhas cerâmicas
elaboradas para diversos fins, como panelas, tigelas, pratos, talhas, tigelas
para beber, etc. Através do cruzamento entre dados históricos e arqueológicos
sabemos quais vasilhas cumpriam as funções de cozinhar alimentos, servir, ou
fermentar bebidas. Os artefatos líticos mais conhecidos são as lâminas de
machado polido e o enfeite labial conhecido como tembetá. Presentes no estado
desde o início da era Cristã, é possível acompanhar sua trajetória pela
arqueologia, depois pelos documentos históricos, passando pelas Reduções
jesuíticas até a atualidade. Na representação da maquete, elaboramos uma
pequena aldeia em construção, com detalhes sobre manejo ambiental, construção
das casas, bem como os usos da cerâmica.
Maquete de Casa Guarani. Fonte: Laboratório de Arqueologia, Sociedades e Culturas das Américas –LASCA
O manejo agroflorestal é um detalhe importantíssimo para tratar
dos povos horticultores, porque ainda são tratados como grupos seminômades ou
nômades, que vagueiam por um território. As informações etnoarqueológicas,
antropológicas e históricas apontam que estes grupos manejavam o território,
inserindo plantas para diversos fins, e com uso planejado para consumo
imediato, de curto, médio ou longo prazo. Então, a floresta como conhecemos é
resultado de um manejo agroflorestal que incluíam madeiras para diversos fins
(construção de casas, de canoas, de arcos), árvores frutíferas (que poderiam
demorar entre 3 a 5 anos para dar frutos), ou arbustos e plantas medicinais.
Desta maneira, o que a maquete apresenta é um trabalho de longa elaboração
florestal para consumo entre meses e décadas. Ao invés de grupos nômades, temos
uma circulação em um território manejado culturalmente com vistas a longo
prazo. Na foto abaixo,podemos distinguir as áreas de floresta densa, de roçado
e de reconstrução da floresta, já com plantas de uso futuro.
Maquete aldeia Guarani. Fonte: Laboratório de Arqueologia, Sociedades e Culturas das Américas –LASCA
Quando falamos em sítios arqueológicos, ou arqueologia, ou ensino de
arqueologia ou de pré-história, a remissão mais frequente são povos extintos ou
do passado que não encontram mais representantes na atualidade, somente como
antepassados ou herança cultural. No caso do ensino de pré-história do Estado
do RS, como mormente a pré-história do Brasil, muitos povos do passado
arqueológico permanecem vivos nas aldeias e grupos atuais. Assim, ao tratar dos
povos do passado e nos remeter aos povos do presente, estamos falando de
sociedades tradicionais que ocupam o território desde muito tempo antes da
chegada dos primeiros europeus.
Então, quando nos referimos ao ensino de pré-história através de maquetes,
estamos colaborando para uma visão de diversidade e pluralidade desde os tempos
remotos. Ao mesmo tempo, optar por usar termos como “sociedades tradicionais”
ou “povos originários” para apresentar suas diferenças culturais, sociais,
ambientais, políticas, econômicas, entre outras. Ao apresentarmos as maquetes e
os povos, através de sua cultura material, os modelos em escala permitem
visualizar algo em 3 dimensões, ao mesmo tempo em que permite utilizar da
imaginação quando descrevemos o cotidiano, os rituais, etc.
Acreditamos que as maquetes são um ferramental útil e pouco
explorado no ensino de pré-história no estado do Rio Grande do Sul, e o
Laboratório de Arqueologia, Sociedades e Culturas das Américas, além de
proporcionar estes modelos, ainda possui oficinas ligadas a estes grupos, como
oficina de arte rupestre, oficina de arco e flecha, oficina de confecção de
cerâmica, que é assunto para outro artigo.
Referência biográfica
Dr. André Luis Ramos Soares, professor na Universidade Federal de
Santa Maria – UFSM.
Referências bibliográficas
ROCKENBACH, Denise; MARQUETI, Elza; ALVES, Glória; CUSTÓDIO,
Vanderli. Série Link do Espaço. Suplemento do Professor. São Paulo:
Moderna, 2002.
SOARES, André Luis Ramos; ROSA, Andrielli Matos da; VEDOIN,
Carolina Bevilacqua; CORREA, Thaise Vanise. Dinamicidade no Ensino Formal:
Resgate Histórico através de Maquetes. História e Diversidade [Recurso
eletrônico] Dossiê: Ensino de História e História da Educação: caminhos de
pesquisa (Parte II) - [2014/II]. Revista do Departamento de História.
Cáceres, UNEMAT, vol. 5, nº 2 (2014) Disponível em:
https://periodicos.unemat.br/index.php/historiaediversidade/article/view/223/21,
último acesso 10/11/2019. Pg. 53-69.
WESTON, Mark S. WESTON, Denise Chapman; Aprender Brincando:
Atividades para construir o caráter, a consciência e a inteligência emocional
das crianças; Ed. Paulinas, São Paulo, SP, 2000.
Inicialmente parabéns pelo trabalho. Gostaria de lhe perguntar sobre a expressão Povos Originários. Você saberia me dizer a origem e histórico desta expressão? Att. Luciano Marcos Curi
ResponderExcluirOi Marcos. A expressão povos originários veio para substituir o termo "índios", por ser etnocêntrico, colonialista e defasado. Ao tratar de comunidades tradicionais, estamos colocando a diversidade cultural e linguística dos povos no passado e no presente do país.
ExcluirPassei para parabenizá-lo pelo lindo trabalho!
ResponderExcluirMuito obrigado Lia!!! podemos pensar em algo para o MS.
ExcluirSem sombra de dúvida!!!
Excluiré só me chamar. Imagina ter maquetes dos 25 mil anos de história que vocês tem!!!!
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirDr. André Luis, parabéns pelo trabalho. As maquetes estão um primor!
ResponderExcluirPré-história, Povos Originários, Povos Tradicionais, História Indígena Profunda, História de Povos Pretéritos... Como você enxerga a utilização destes termos? Digo, é consenso entre os historiadores o debate sobre a expressão "pré-história", mas o termo ainda é forte, principalmente por conta da cultura escolar e dos livros didáticos, e o professor acaba por permanecer na utilização da expressão. Em uma perspectiva mais acadêmica, qual termo você recomendaria no lugar de "pré-história"?
Pedro Carlos de Oliveira Alves.
Prezado Pedro, Excelente observação! O uso do termo é consagrado, e na ausência de termos menos clichês (pré-colonial, pré-colombiano, pré-Cabralino, todos fazendo a mesma referência européia) eu prefiro explicar como o termo é inadequado, apesar de consagrado. Em termos de debate acadêmico, prefiro utilizar História, uma vez que tratamos da História da Humanidade. Para demarcação de limite temporal, o termo "pré-história" continua sendo utilizado até nas disciplinas universitárias.
ExcluirArielen dos Santos Alves
ResponderExcluirParabéns por essa exposição, eu achei muito interessante e importante. Vocês pretendem utilizar esse meio didático das maquetes em outras escolas do Rio Grande do Sul ?
Olá Arielen. A proposta é capacitar os professores a desenvolverem seus próprios materiais. No momento, estamos desenvolvendo uma cartilha em forma de e-book, disponível e gratuito, para os professores trabalharem com crianças.
ExcluirMuito interessante o trabalho do professor André Luis, parabéns pela dinâmica do uso das maquetes. É um trabalho que envolve a interdisciplinaridade e a criatividade dos estudantes. Permita-me um breve comentário, pelo pouco que já apreendi, em decorrência do curso de Licenciatura em História, o termo Pré-História precisa ser redefinido, pois, se tem evidência humana no tempo, é História. Pergunta: Como o senhor observa esta nova percepção acerca do termo Pré-História?
ResponderExcluirOlá, sim, você tem razão. MAS, por outro lado, não podemos usar critérios eurocêntricos, como Pré-Cabralinos, Pré-Hispânicos ou outro que mantenha a ideia de supremacia européia mesmo em termos conceituais.
ExcluirMuito interessante o trabalho do professor André Luis, parabéns pela dinâmica do uso das maquetes. É um trabalho que envolve a interdisciplinaridade e a criatividade dos estudantes. Permita-me um breve comentário, pelo pouco que já apreendi, em decorrência do curso de Licenciatura em História, o termo Pré-História precisa ser redefinido, pois, se tem evidência humana no tempo, é História. Pergunta: Como o senhor observa esta nova percepção acerca do termo Pré-História?
ResponderExcluirAtt.,
Leila Cristiane Rodrigues Pinto.
Oi Leila, Olá, sim, você tem razão. MAS, por outro lado, não podemos usar critérios eurocêntricos, como Pré-Cabralinos, Pré-Hispânicos ou outro que mantenha a ideia de supremacia européia mesmo em termos conceituais.
ExcluirOlá, achei o relato sensacional, já pensei em elaborar maquetes da pré-história pra aproximar essa realidade para os alunos, mas precisa de verba é espaço pra algo assim, eu pensei em retratar escavações com fósseis humanos e tal. Fico feliz em ver algo ainda mais elaborado concretizado. Com as referências a comunidades indígenas brasileiras poderia-se pensar na patrimonialização dessas culturas no só do Rio Grande do Sul mas de outras comunidades indígenas pelo Brasil a fora é tentar levar para a escola? Não aguento mais ver a retratação de índios apache na comemoração do dia do índio brasileiro.
ResponderExcluirOi Luciano. Sua colocação foi justamente o que nos levou a construir as maquetes, e retratar os povos daqui, ao invés de outros. O custo da produção é barato, mas a pesquisa bibliográfica é que demora mais tempo. Eu uso basicamente isopor, massa de biscuit, criatividade e disposição. Boa sorte.!!
ExcluirBom dia!
ResponderExcluirQuero parabeniza-lo pelo excelente texto.
Trabalhar com maquetes no ensino de Historia é um recurso pedagógico enriquecedor.
Quando o assunto é explicado em sala já conseguimos despertar nos alunos a curiosidade sobre as antigas sociedades e puder mostra-las em maquetes torna a aula ainda mais atrativa.
Professor Dr André, se tratando de educação básica (ensino médio), você acha que colocar os alunos também na execução/criação dessas maquetes contribuiria para uma ampliação do ensino aprendizagem ainda maior?
Pois além de usar a criatividade, eles também seriam colocados no campo da pesquisa, pois teriam que procurar os dados corretos (a partir da mediação docente) para a execução e apresentação delas.
Alvanir Ivaneide Alves da Silva
Oi Alvanir. Sim, a ideia é ótima. Apenas atente para as etapas: pesquisa bibliográfica, retratar um cotidiano ao invés de um evento (guerra tal, massacre tal) e precisa de ser desenvolvido em sala de aula com algum tempo. E sem expectativas, para não criar frustração.
ExcluirBoa tarde
ResponderExcluirProfessor, eu achei as maquetes sensacional, é muito criativa para ensinar todos aqueles que desejam, aprender sobre a história , mais a minha pergunta é o senhor deseja incentiva outros professores a adquirir esse novo método de ensino ?
Ana Cecília Moreira Queiroz
Oi Ana Cecília. O que eu tento é aproximar o conhecimento científico de forma mais 'palatável' para jovens e crianças. Vídeos, filmes, documentários, entre outros, são todos complementares ao conhecimento que o professor constrói com os educandos. Cada educador(a) deve pensar o que gostaria de fazer para tornar sua aula interessante. Mas tem que ser algo prazeroso, e se você se divertir os alunos também podem gostar.
ExcluirProfessor André Luiz, primeiramente parabéns pelo relato do trabalho com maquetes como recurso para o ensino da Pré-História. Minha pergunta é se poderia indicar uma referência bibliográfica para ser utilizada com estudantes do Ensino Fundamental sobre a Pré-História no Rio Grande do Sul? Novamente, parabéns pelo trabalho. Abraço.
ResponderExcluirOlá Fabian. Se pesquisar no Google, eu publiquei um livro com o prof. Sergio Klamt, chamado "Antecedentes Indígenas: Pré-história compacta do RS", pela editora martins livreiro, de Porto Alegre. Foi escrito tendo como público alvo os professores da rede básica.
ResponderExcluirBoa Noite.
ResponderExcluirGostaria de parabeniza-lo pela iniciativa e por compartilhar esta informações, tendo em vista a importância desta temática O Ensino da pré-história e a maneira errônea como a mesma é abordada por muitos professores em sala-de-aula sobretudo no ensino fundamental II, muitas vezes visto como um conteúdo de maneira superficial, confuso e acelerado nos livros didáticos do 6 ° ano como referencia a BNCC: “As origens da humanidade, seus deslocamentos e os processos de sedentarização.”
As maquetes quando construída em conjunto com os alunos sobretudo no Ensino Fundamental, é uma atividade extremamente engajadora, pois permite ao aluno adquirir conhecimentos específicos sobre o tema proposto de forma lúdica.
Podemos enquadrar o processo de construção de maquetes dentro das perspectivas de metodologias ativas, desta forma pergunto ao professor, o que devemos e como podemos avaliar um trabalho com maquetes com este perfil de aluno?
Wander da Silva Mendes.
Olá Wander, a pergunta é ótima. A avaliação nestes casos é tido como um processo: eles devem pesquisar, ou pelo menos ler o maior número de informações, sistematizá-las, escolher as cenas a serem montadas, fazerem um 'story-board', ou roteiro em desenho para as cenas, e depois a fase final de concretização. Creio que o mais importante é avaliar como pensavam antes da construção das maquetes e depois, em relação aos conhecimentos construídos. Boa sorte.
ResponderExcluirCada vez mais os professores enfrentam o desafio de despertar a curiosidade e o interesse de seus alunos para o conteúdo escolar, e atividade lúdicas, práticas como a produção de maquete em que o aluno possa ser o protagonista tem ponto positivo no processo de ensino e aprendizagem
ResponderExcluirOi Andreia. Minha proposta é que os professores e professoras produzam as maquetes, e não os alunos. O material pedagógico assim contemplaria todas as informações desejadas pelo prof., de tal forma que o suporte paradidático ficasse a contento.
ExcluirBoa noite!
ResponderExcluirParabéns professor André, é uma proposta didática interessante, ter como recurso a construção de maquetes para o ensino de história. Professor como interdisciplinar propor no sentindo da atividade docente, como buscar trazer esta ação do professor em sala de aula?
oi Rosangela. As maquetes, por si, são instrumentos interdisciplinares. Cada prof em sua área - história, biologia, matemática, geografia, e praticamente todas - , podem utilizar as maquetes a partir de seu ponto de vista. Eu prefiro que as maquetes sejam produzidas pel@s profes, para que eles saibam as informações que desejam colocar, e principalmente, explorar com os alunos.
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirParabéns pelo trabalho exposto, e em especial pela construção das maquetes, que dá uma maior empolgação para o Ensino de História.
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